domingo, 28 de outubro de 2012

Orgulho neste Português!


(foto caixa media)

Miguel Oliveira conseguiu o 2º lugar no moto3 em Phillip Island (Austrália para quem não sabe). Claramente só não chegou ao degrau mais alto do pódio porque não tinha moto! Ficamos à espera de o ver nessa posição em breve!
Parabéns Miguel, alguém que me faça ter orgulho de ser português!

FATifer

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Porque alguém pediu… II


O vento frio, impiedoso, causa uma lágrima que me escorre pela face. Não a limpo deixo cair. O cheiro da terra molhada faz-me lembrar aquele dia em que me levaste ao teu lugar favorito. Perdidos no meio da serra de Sintra num recanto que só tu parecias conhecer, deitei-me no chão a teu lado após muito insistires. Ainda me lembro de ver daquele céu carregado por entre as árvores e de como começou a pingar… e como não me deixaste levantar e quiseste que sentisse a chuva a cair em mim, em ti, em nós… como se fossemos chão. Aquele cheiro que sempre gostei de terra acabada de molhar ganhou outra dimensão nesse dia.
Continuo preso às memórias de ti… parece que não há nada que faça que não me lembre de ti e do ano que partilhaste a minha vida.
Subo a escadaria à minha de dois em dois degraus e sinto os músculos das pernas a queixarem-se… em que ei de pensar para te esquecer? Cheguei ao topo, nem sei bem onde estou mas a vista é bonita. Estou perdido como na vida e só me resta seguir em frente. A chuva volta a cair. Levanto o capuz do casaco e continuo a andar em frente sem destino aparente. Por fim chego a um largo… ah já sei onde estou! Agora vou por ali. Apetece-me um café e conheço um bom aqui perto, que não serve a nossa marca… e assim não me lembro de ti (mas já me lembrei!).
Entro no café. Sento-me ao balcão e peço uma bica e um pastel de nata, têm bom aspecto. Agarro a chávena para aquecer as mãos. Por momentos pareço conseguir apena saborear o café e o pastel, não pensando em mais nada mas é uma doce ilusão... o mundo volta quando a empregada ao balcão me apresenta a conta. Olho para ela. Nada tem a ver contigo, é morena, de feições carregadas e olhar amorfo. Recordo os teus olhos verdes, penetrantes… bolas! Lá estou eu a pensar em ti de novo… levanto-me e saio do café. Já parou de chover mas sinto as solas escorregar na calçada polida. Continuo a andar, “onde vou agora?” pergunto-me sem vontade de me responder…
Dou comigo num largo que não tenho memória da conhecer mas até na nossa cidade podemos descobrir coisas como muito bem me mostraste por várias vezes… pergunto-me o que me terias chamado a atenção ao ver o que vejo? A árvore com o banco por baixo ou o bebedouro? Os motivos da calçada? Não sei…  talvez tenha perdido a capacidade e adivinhar o que pensas agora que não te tenho a meu lado…



FATifer

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Porque alguém pediu…


Olho o último pingo de café que cai na chávena. Sinto o cheiro do café acabado de fazer a invadir o espaço. Sinto o calor quando pego na chávena e sabe bem porque está frio…
A memória é uma coisa lixada, não consigo beber uma chávena deste café sem me lembrar dela… nem com um oceano inteiro a separar-nos tu me deixas em paz!
Lembro-me do dia que nos nossos olhares se cruzaram naquela esquina. Posso dizer-te quantas beatas havia no chão, afinal os cigarro eram todos meus! Tu passaste e algo de mágico aconteceu, de repente perdi o fôlego, não conseguia respirar depois do teu olhar deixar o meu. Não foi do cigarro como gostavas de dizer brincando, foste tu. Tentei mexer-me e caí. Soltaste uma gargalhada sem olhares para trás. O que hoje me parece cruel, na altura pareceu-me divino. Quando finalmente me levantei já mal te conseguia avistar, cambaleando segui-te pois, naquele momento, nada mais conseguia fazer. Tinhas virado a esquina seguinte e só de relance te vi entrar num café mais à frente. Tentei acelerar o passo e quase caí de novo. Quando entrei no café não te vi. Olhei para todos os lados freneticamente e não te vi! Quando começava a duvidar da minha sanidade mental apareceste atrás do balcão de uniforme. Por impulso sentei-me ao balcão à tua frente. Olhaste para mim como que a perguntar o que pretendia. Como nada disse perguntaste e ouvir a tua voz deixou-me ainda mais incapaz de falar. Viraste-te e tiraste um café que me colocaste à frente sem açúcar, pensava eu que terias adivinhado como o tomo mas não, havia um cesto no balcão para tirar se quisesse. Peguei na chávena, sorvi um golo e finalmente consegui dizer um “obrigado”. Sorriste e retorquiste "é um 1,20€". Retirei o porta moedas de forma atrapalhada do bolso, estendi-te as moedas e o meu olhar prendeu-se no teu uma vez mais. Por momentos pareceste tão hipnotizada quanto eu mas depois viraste-te para a caixa registadora para guardar as moedas e devolveste-me um talão de despesa. Nem reagi procurando de novo o teu a olhar que me negaste.
Não sei explicar o que se terá passado pois a memória seguinte que tenho de nós é de acordar a teu lado numa cama que não era a minha. O raio de sol descia duma nesga de estore aberto, e passava pelos teus cabelos, assim ainda mais doirados, antes de chegar à cabeceira da cama acima da minha cabeça. Lembro-me das tuas costas nuas e de te ouvir dizer um “bom dia” num tom que ainda hoje não encontro palavras para descrever.
Tudo o que se passou depois entre nós é melhor nem recordar … num grande esforço faço fast forward para o dia que disseste que ias para São Francisco e relembro a tua cara quando que te respondi que não ia contigo. Aquele misto de incredibilidade, raiva e confirmação que sabias que te vi no olhar.
Foi bom enquanto durou, só falta conseguir deixar-te para trás… para isso talvez seja bom deixar de comprar este café!



FATifer

sábado, 6 de outubro de 2012

Perguntas perigosas…


Quem deu legitimidade a este (ou qualquer) governo para fazer as asneiras que faz?
(e não me digam que foi o “povo”!)

Porque precisamos de partidos políticos?
(se não representam nada senão os seus interesses e são uma óptima forma de nunca se poder responsabilizar ninguém pela merda que faz)

FATifer